moleca que tu eras, de ar serelepe
de roupas alegres e meninice escaldante
bochecha rosada e olhos brilhantes.
Levavas no rosto um sorriso estampado
brincavas de roda de cabelo trançado
de pernas magras na areia macia
tocavas os que vinham com tua alegria.
Choravas baixinho, querias subir no telhado
parecias mais um menino a correr no cerrado
descalça com tuas sardinhas, a brincar por aí.
Eras a mais arteira, e a mais bonita
moravas numa casinha verde, esquisita
a mais pobre, a mais rica... a mais bela que já vi!

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
*
Publicado na antologia "Contos e poemas do Brasil" - Ed. Casa do Novo Autor - SP, 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário